Onde teremos a oportunidade de de mostrar que somos o
"sal da terra" e a
"luz do mundo".
Isto porque, a vida cristã deve ser o modelo e o referencial para a
sociedade. Por isso, o Testemunho Cristão não deve ser visto como uma
opção, e sim, como um imperativo...
Como disse o apóstolo Paulo: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus."
A palavra testemunho é oriunda do
vocábulo latino testimoniu e significa, entre outras coisas: prova,
vestígio, indício. De acordo com o vocabulário evangélico, testemunhar
não é apenas contar o que Deus fez, mas também, pregar através do
exemplo pessoal, que realmente somos imitadores de Cristo. O Testemunho
Cristão refere-se ao comportamento e as atitudes dos servos de Deus, de
acordo com o modelo bíblico, que o cristão demonstra, no seu dia-a-dia,
que é um discípulo do Senhor Jesus. É dever de todo cristão, ter uma
vida íntegra, independente do modelo e dos padrões da sociedade moderna.
Como disse o Senhor, por intermédio do profeta Malaquias: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve" (Ml 3.18); demonstrando, assim, que o mundo deve ver esta diferença em nós (II Rs 4.9; I Tm 4.12).
Para ilustrar a importância do Testemunho Cristão, o Senhor Jesus utilizou-se de dois elementos comuns aos ouvintes: o sal e a luz.
A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala do nosso
testemunho. Observe que Cristo falou primeiro do sal da terra e depois
da luz do mundo. Assim o caráter precede o testemunho. Vejamos algumas
lições práticas que podemos extrair desses dois elementos:
O Cristão como Sal da Terra:
O sal é chamado de cloreto de sódio. Esta substância tem propriedades
importantes. Por esta razão Jesus a utilizou para tipificar o papel dos
seus discípulos:
O sal é preservador: Ele conserva e preserva; daí ser figura da pureza. Sua cor alva também fala disso. Ele evita a deterioração.
O sal produz sede: "É a multidão perguntando aos apóstolos: "Que faremos varões irmãos?" (At 2.37). É o carcereiro de Filipos clamando: "Senhores! Que é necessário que eu faça para me salvar?" (At 16.31). São as multidões à procura de Jesus"
(Mt 4.25; 8.1; 12.15; 14.14). O crente, como sal, cria sede espiritual
nos outros, e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da
salvação.
O sal é invisível quando em ação: O
sal antes de ser aplicado é visível, mas ao começar a agir, temperando,
preservando, etc., toma-se invisível. O sal age invisivelmente, mas sua
ação é claramente sentida.
O Cristão como Luz do Mundo:
Diferente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é
percebida. A ausência da luz permite que a escuridão prevaleça. Mas,
quando a luz chega, as trevas desaparecem.
A luz não tem preconceitos: Ela
tanto brilha sobre um criminoso como sobre uma criança inocente. Ela
tanto brilha sobre um lamaçal, como sobre uma imaculada flor. Assim deve
ser o crente no desempenho de sua missão de luz no mundo, esparzindo a
luz do Evangelho de Cristo sobre todos os povos, raças, culturas e
indivíduos, independente de idade, sexo, cor, religião, profissão e
posição.
A luz precisa ser alimentada
(vv. 15,16): A luz que iluminava as casas nos tempos de Jesus era de
lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite. O tipo
de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só: o azeite. O
mesmo ocorre ao verdadeiro cristão. Ele depende sempre do óleo do
Espírito Santo para difundir a luz de Cristo e a luz do Evangelho.
A luz não se mistura:
Mesmo que ela ilumine lixo, sujeira, lamaçal, etc, ela não se contamina.
Assim deve ser o crente: viver neste mundo tenebroso à difundir a luz
de Cristo, sem se contaminar com o pecado e as obras infrutuosas das
trevas. A importância vital desses dois símbolos pode ser observada
pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor (Mt 5.13). Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente (Mt 5.14).
Podemos enumerar, pelo menos três objetivos do testemunho cristão:
Demonstrar à sociedade que somos novas criaturas: Não
há nenhum erro em tornar conhecidas a mudanças realizadas em nós, por
intermédio da ação do Espírito Santo, desde que o objetivo não seja a
auto glorificação. Através do testemunho cristão, o crente demonstra à
sociedade que já não é mais o mesmo, e que sua vida foi transformada,
tornando-se numa nova criatura (Rm 8.1; II Co 5.17)
Evangelizar: Através do
seu testemunho pessoal, o cristão também evangeliza. Sua própria vida
já é um testemunho vivo do poder de Deus. Se demonstrarmos um bom
testemunho diário, estaremos propagando, com eficácia, o poder do
Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê,
conforme Rm 1.16.
Glorificar a Deus: Ninguém
pode duvidar que, através do testemunho cristão, os homens podem
glorificar a Deus. Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai, que está nos céus." (Mt 5.16).
QUAL DEVE SER A ATITUDE DO CRISTÃO NO MUNDO?
A palavra de Deus, como "regra de fé e
prática" do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e
guiam a vida do cristão, independente de sua cultura, status, época,
etc. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17). Vejamos, então, na Palavra de Deus, a
atitude cristã neste mundo:
O Cristão não deve amar o mundo (I Jo 2.15):
A palavra mundo, neste texto, não se refere a humanidade, e sim, ao
sistema corrompido e perverso. Como cristãos não devemos amar as coisas
deste mundo, tais como: a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida (I Jo 2.16).
O Cristão não deve se conformar com o mundo (Rm 12.2):
A expressão "não vos conformeis" tem o sentido de "não tomeis a forma"
ou "não sejas igual". Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava
dizendo é que o cristão não deve tomar a forma do mundo, ou seja, não
deve andar de acordo com o modelo e os padrões deste mundo.
O Cristão não deve ser amigo do mundo (Tg 4.4):
O apóstolo Tiago nos adverte que "qualquer que quiser ser amigo do
mundo, constitui-se inimigo de Deus". Ser amigo do mundo significa
compartilhar com o modo de viver deste mundo que "jaz no maligno" (I Jo
5.19).
CONCLUSÃO
Como cristãos, devemos nos conscientizar que somos "sal da terra" e "luz do mundo"
(Mt 5.13,14); bem como devemos nos comportar de modo íntegro, diante de
Deus e dos homens, para que, através do nosso testemunho, Deus seja
glorificado (Mt 5.16). Como sal, precisamos ter uma vida de tal forma
que, aqueles que nos vêem e nos ouvem, sintam que nossa presença faz
diferença. Como a luz, precisamos, através do nosso testemunho,
contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.
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