Na década de 1980, o Brasil passou a ser chamado de
“celeiro de missões” por estudiosos que percebiam o potencial do país.
Juntamente com outras nações emergentes, foi chamado de NPE (Novo País Enviador)
juntamente com países como Coréia do Sul, Cingapura e Filipinas. De acordo
com Todd Johnson, diretor do Centro para o Estudo do Cristianismo Global do
Seminário Teológico Gordon-Conwell , que estuda o avanço do cristianismo, o
Brasil já se tornou o segundo país que mais envia missionários para o
exterior.
Dos 400.000 missionários globais enviados para países
estrangeiros em 2010, o Brasil enviou 34.000. Ficou apenas atrás dos
Estados Unidos, que enviou 127.000.As estatísticas foram apresentadas por Todd
Johnson este mês. Curiosamente, apesar de os Estados Unidos serem o país que
mais envia missionários ao exterior, também é o país que mais recebe
missionários estrangeiros. Cerca de 32.400 obreiros cristãos foram enviados para
lá e a maioria veio justamente do Brasil.
O crescimento no envolvimento missionário do Brasil está
relacionado com a “explosão” dos evangélicos nos últimos 30 anos. O país tem a
segunda maior população protestante do mundo. Também abriga um grande
número de organizações missionárias. A maior atualmente é a JOCUM (Jovens Com
Uma Missão) que tem 16.000 missionários trabalhando em cerca de 150 países.
A história missionária moderna começou na Inglaterra, em
1972, quando William Carrey foi para a Índia. Duas décadas depois, Adoniram
Judson e sua esposa Ann Hasseltine Judson chegaram a Mianmar (antiga Birmânia).
No Brasil, os primeiros missionários enviados para o exterior foram para
Portugal, cerca de 1o0 anos atrás.De acordo com Dana Robert, autor do livro
“Missão cristã: Como o cristianismo se tornou uma religião mundial”, até o ano
2000 cerca de dois terços dos cristãos eram originários de países onde os
missionários ocidentais trabalharam um século antes.
Robert acrescentou que nas últimas décadas houve uma
explosão de interesse no trabalho missionário entre os cristãos da Ásia, África
e América Latina.O autor acredita que o trabalho voluntário missionário aumentou
devido à globalização das comunicações e transportes, e através do que agora
pode ser feito pela Internet. “Hoje, alguém sentado em casa com um computador e
conexão à Internet pode praticamente se definir como missionário”, disse
Robert.
Fonte: www.creio.com.br
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